Sunday, November 19, 2006

Nós um Todo Poderoso



No meio de centenas, ou até milhares de dezenas,

Mas sempre tão só, sempre sozinho no meio do pó!

Rebolo e enrolo, grito e choro, corro e salto

Nesta vida de sucessivas quedas no asfalto.

Levanto-me orgulhoso mas refugia-se um medroso.


Vejo o vendedor, sem falar ele pede-me por favor!

Vejo o pedinte, só o seu olhar me faz em vinte!

Olho as pessoas com olhar desconfiado...

Será que elas olham?Porque me sinto ignorado?


A vida é tão bela mas apenas comparável com uma vela

Que vagueia por entre o vento, sacudida para fora e para dentro.

A vida é fascinante, transborda de alegria derrompante

Que nos fere nos sentimentos de forma incessante

A vida é a alegria do terror, do medo e da dor.


A vida é outono, primavera e inverno

Outono onde tudo cai, tudo fica e tudo vai.

Primavera...bem, isso já se espera...

Inverno quando chove, céu brilha e depois morre.


Sábado magnifico... domingo desgraçado

A amizade que fica, o amor que se vai.

A semana que se espera, revolta-se em fera,

Como a melga que nos pica, ou a moeda que nos cai.

Levantas-te a seguir e reparas que não a deixas-te cair,

Apenas ficas-te sozinho naquele momento,

Só e pensativo em busca do acolhimento.


És chato(a)!Sabias?Mas sem ti não passava meus dias.

Prefiro companhia, doque passar assim o dia.

Não é a desejada pelo interior, mas ajuda a passar a dor.

Não que queira te dizer o que és tu e o que tens de fazer,

Mas prefiro sempre um amigo, que não ter ninguém comigo.


A ajuda interior reflecte-se no seu exterior...

A crueldade da vida já tem forma predefinida,

Não caias por sua causa, pensa, faz uma pausa,

Procura bem no fundo, estica-te, puxa-a para o mundo.

Nós lá estaremos, somos nós que te seguraremos.

Não penses em solidão, estamos cá, somos um irmão!

Não ligues a vozes alheias, luta, da-lhes umas tareias!

Se não és capaz, telefona vai lá o rapaz!


Sejam o que são, não mudem só para lhes esticarem a mão.

Mostrem o que são, não se escondam de um irmão.


Pois a alegria de viver, reside no plural do nosso ser.

Monday, November 13, 2006


Não sei se compreendo,

Não sei se entendo.

Faço o que faço

Mas no fim dói.

Estou sozinho

No meio de tantos.

Tantos estão sozinhos!

Tantos me fazem sentir.

Poucos o merecem,

Mas por poucos eu faço.

Faço sem olhar para traz

Sem olhar para traz eu salto.

Salto, e saltando eu sou feliz.

Sunday, November 12, 2006

Porquê?


Apenas isto eu pergunto, na ausência de pensamento

Claro e livre desta dor que me faz sentir feliz

E que me corrói o coração com leves caricias.

Não compreendo esta ânsia, desajeitada e fria

Como a neve bela que cai nos horizontes do olhar.

A esperança de encontrar aquele caminho certo.

Que ainda e sempre dentro de mim vai estar

Empurrando-me em direcção á minha baia

De frases sentidas e acções, que ainda não fiz.








Porquê?


É isto que eu pergunto quando me olho ao espelho,

Meu leal confidente das minhas lagrimas caídas.

Cada uma brilhando com alegria resplandecente

E transportando um pouco de mim para o mundo.

Eliminando assim esta dor da perda da alegria,

Que em tempos experimentei, e nela me viciei!

Apenas reside o outono dentro do coração e mente,

O toque de suas folhas no meu corpo sentidas

E o som sensual de seu vento por mim passando.