dislumbra tudo o que vê e despresa ao mesmo tempo,
é senhor e dono deste mundo e do outro que ha de vir,
tem medo da luz que o rodeia pois ela lhe provoca dor,
no fundo não é nada nem ninguem que por ali passa,
é uma sombra sem luz que marca tudo por onde caminha.
demonio do dia que caminhas na noite,
anjo caido vestido de negro fosco,
vem até nos e tras o medo e a angustia.
os sons da nevoa propagam-se por todo o ser real,
a magia do medo espalha-se por onde não vai,
o ambiente fica pesado e caido no chão,
o sol do apodrecer desvanece no olhar de quem não sabe.
a morte cheira a rosas,
a distancia perde tempo,
o som espalha-se na agua.
a vida perde seu encanto.
tudo se perdeu, tudo ficou la atras.
a fome alimenta a alma,
a sede leva a percorrer o mesmo caminho,
o caminho fica mais curto,
o curto fica mais distante.
o amor perde-se no labirinto,
a pedra fica mais rija,
o interior fica mais mole,
a faca corta melhor,
o frio cresce no calor.
desilusão brota na manha,
compaixão desfruta do dia,
horas são segundos.
agora voltamos atras,
fazemos tudo de novo
e tudo de novo acontecerá.