Tuesday, November 20, 2007

caminha na noite sem temer o que vem a sua frente,
dislumbra tudo o que vê e despresa ao mesmo tempo,
é senhor e dono deste mundo e do outro que ha de vir,
tem medo da luz que o rodeia pois ela lhe provoca dor,
no fundo não é nada nem ninguem que por ali passa,
é uma sombra sem luz que marca tudo por onde caminha.

demonio do dia que caminhas na noite,
anjo caido vestido de negro fosco,
vem até nos e tras o medo e a angustia.

os sons da nevoa propagam-se por todo o ser real,
a magia do medo espalha-se por onde não vai,
o ambiente fica pesado e caido no chão,
o sol do apodrecer desvanece no olhar de quem não sabe.

a morte cheira a rosas,
a distancia perde tempo,
o som espalha-se na agua.

a vida perde seu encanto.

tudo se perdeu, tudo ficou la atras.

a fome alimenta a alma,
a sede leva a percorrer o mesmo caminho,
o caminho fica mais curto,
o curto fica mais distante.

o amor perde-se no labirinto,
a pedra fica mais rija,
o interior fica mais mole,
a faca corta melhor,
o frio cresce no calor.

desilusão brota na manha,
compaixão desfruta do dia,
horas são segundos.

agora voltamos atras,
fazemos tudo de novo
e tudo de novo acontecerá.

Sunday, August 12, 2007

A vida é o caminho que todos nos tomamos para a morte.

irónico, mas verdade!

que sentido faz viver?
se vais acabar por morrer!

existem coisas que não compreendo.
esta é uma delas.

a nossa sociedade cai.
o dinheiro movimenta massas.
ninguém se preocupa com o futuro dos nossos filhos
todos são egoístas, egoístas demais.

em que raio de mundo vivo eu?
não compreendo metade, nem metade eu compreendo, das coisas que se passam á minha volta.

guerras que giram em torno de bens não essenciais á nossa existência!
mortes horrendas, vitimas da guerra, danos causados a longo termo.

irónico...

quando se trata de uma bomba nuclear, pensa-se no futuro, pois irá matar mais ainda.
mas quando se trata de preservar a vida de todos nos, ninguém quer saber, ninguém se importa com o que virá.
quem vier que se desenrasque, quem vier que morra pelo que foi feito hoje.


pergunto eu agora....

onde iremos nos parar com tudo isto???
qual será o desfecho desta historia das nossas vidas??
será que vale a pena fazer algo por esta gente???

se fosse por mim...
eu era o primeiro a espremer o gatilho em sua direcção!
não sou deus, não tenho de perdoar ninguém.

mas existe algo que vale a pena preservar.
merece o sacrifício do meu sangue.

é o que nos faz andar, lutar e querer viver neste mundo.
são as pessoas que nos gostamos.




essas pessoas merecem. Neste papel , nos somos deus!
Aqui estas tu, ao pé de mim, deitada, indefesa, não temas, sou teu guardião até ao dia em que morrerei por ti, protegendo-te.
Estas linda como sempre, o azul fica-te bem.A musica é linda, o quarto aconchegante.
Os teus movimentos de respiração são como brisas marinhas que inundam a terra de vida, um diabinho adormecido no leito de jesus, uma princesa fora do seu reino. Apetece-me acordar-te mas não quero que fiques rabujenta.
Gostava de poder falar mais de ti mas não posso, apenas vivo com o que vai dentro de nos os dois......




Não consigo descrever o que vejo, o coração não sabe escrever.
um dia é sempre um dia...
uma noite é sempre uma noite...

mas uma noite pode ser uma eternidade
um dia pode ser todo o tempo.

Uma manha pode ser o começo de uma coisa fantástica
uma tarde o desfrutar de um belo passeio com alguém
e uma noite o rebentar de uma magia escondida no nosso interior.

Na minha terra o tempo passa devagar
um dia é uma semana
uma semana um mês
um mês um ano

sonho ser imortal

mas agora vejo que não o quero ser

seremos eternos
todos nos seremos eternos


basta que um de nos viva e todos os outros caminharam por este vale.

vamos ser eternos meus amigos?Vamos!

sem a esperança da partida, nos fomos

já viemos

agora somos e seremos eternos

a vida é bela!Carpe Diem!

Tuesday, April 03, 2007

...

tirem-me daqui eu não quero estar aqui por favor eu não quero estar aqui alguem me ouve por favor eu não quero estar aqui não gosto de estar aqui não não por favor eu quero sair daqui não aguento mais por favor eu quero me ir embora eu prefiro morrer do que ficar aqui por favor eu quero-me ir embora eu quero eu quero quero quero não não eu quero morrer eu quero morrer alguem me mate por favor eu quero morrer morrer morrer eu quero morrer não quero ficar aqui por favor não outravez não eu quero me ir embora por favor quero morrer deixem-me morrer por favor eu quero me ir embora por favor deixem-me partir eu quero ir não quero ficar mais aqui alguem me mate por favor alguem me mate eu quero morrer quero me ir embora não quero ficar aqui eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer eu quero morrer...

por favor deixem-me ir, por favor.....

Sunday, February 25, 2007

**

O dia cessou naquele instante com aquela abertura de porta misteriosa, na rua, uma nuvem negra caminhava em todo o horizonte, criando um anel demoníaco e rodopiante que cada vez se fechava mais, o sol, extinto pelo poder das trevas lutava para encontrar o caminho de volta ao chão, que tanto ele adorava aquecer.
Como por magia o um nevoeiro suspeito irrompe da floresta, com o seu passar as arvores tremem, os animais fogem, como se sentissem a morte que por entre eles caminhava. O cimo do monte borbulhava em fumo negro, parecendo que toda a raiva na terra contida iria por ali sair, mas algo estava errado. Pouco depois o chão transbordava em vibrações igualmente espaçadas entre elas, um cheiro a podre emanava no ar, transportando consigo um som baço de tambores, tambores de guerra. O panico instalou-se na aldeia, todos queriam fugir, atropelando-se uns aos outros conseguiam descobrir o caminho de pedra até ao castelo, mas em vão, os batedores do exercito já se encontravam entre nós. Ouvindo o desembainhar de espadas e os gritos do seu trespasse toda a população entrou num panico estérico, fogos irrompiam pela aldeia, crianças choravam, pessoas morriam.
Uma sombra aproximou-se de mim numa montada, fitámo-nos mutuamente iniciando uma corrida de confronto, desembainhei a espada, num acto de raiva involuntária trespassei a sombra que montava aquele fantasmagórico animal.

O exercito das sombras movia-se para norte, a poucos dias de distancia ficava o reino de Armathus, o maior e mais poderoso de toda a Mizothia, certamente que é esse o alvo.
Era impressionante, o poder da magia negra das sombras era tal, que quase se podia cheirar.
Corri para casa, atravessando aquele mar de sangue e de corpos carbonizadas repletos de expressões de agonia e dor, que outrora foi lugar de alegrias e jogos infantis.
Vesti a minha armadura preta, a capa, magnifica, de linho tingido com sangue de cobra das montanhas, as ombreiras repletas de espinhos reluzentes feitos de cornos de minotauro, as joalheiras com chifres de diabretes da floresta, o cinto de couro negro, onde duas espadas que cortavam ferro encontram seu descanso, ás costas pus o meu martelo imponente, ergui o escudo de carapaça de monstro marinho colocando-o em seguida a meus pés, preparei a cela da minha montada, ergui novamente o escudo agora em conjunto com o martelo de espinhos e gritei, gritei em busca da minha montada.
O som do silencio denunciou o seu aproximar e o estremecer de um trovão o seu chegar. Ainda com suas imponentes asas erguidas fitou-me com seu pescoço contorcido e envolvendo-me com suas asas pousando levemente as patas dianteiras, estava magnifico, as escamas reluziam perante o fogo das casernas, convertidas agora em crematórios, uma chama viva ateava dentro de seus olhos, o pescoço comprido e musculado, a cauda transparecendo seu animo rodopiava de um lado para o outro, acenando ao vento com aquele espeto no seu fim, dei um passo, Fozrus soltou um grito de chamas e confortando-me com seu calor , mostrando vassalagem ao seu companheiro, coloquei a cela e montei, em dois movimentos bruscos o elegante dragão ergueu-se e num terceiro, como se o chão o repeli-se elevou-se acima do nevoeiro sombrio transportando-me para Armathus nesta nossa nova demanda.


**

Saturday, February 24, 2007

O ultimo suspiro



O desejo assume a minha mente,
A necessidade grita desesperada.
Meu coração é pouco prudente.
Perante tamanha chama ardente,
Sinto uma lamina afiada.

A minha alma ja não aguenta,
Sinto que ela cai.
Onde ela cairá, eu n sei,
Mas sei que ficará e não viverá.
E vivendo tudo que eu passei
Maior o desejo se torna,
Mais alto a necessidade grita.


A necessidade de sentir o que sempre quis,
Torna-se uma enorme abseção.
Tamanha obseção que me assusta
E me leva a fazer o que não fiz.
E agora que ja sinto...
Pressegue-me uma enorma solidão.


Ela tomou conta do meu corpo,
Ela tomou conta da minha alma.
É a enorme e forte solidão
Que me ataca sem perdão.
A força da vontade está adormecida,
E eu preparo-me para o final.
E como nenhuma foi esquecida(o)
Amo-vos com todo o meu coração
E espero que me deem vosso perdão.

Pesso desculpa pelo que fiz.
Meu desejo tomou conta de mim,
A minha alma sente-se infeliz.
O meu espirito sente-se só
E meu lugar está perto do fim.
Brevemente serei apenas pó.

Sunday, November 19, 2006

Nós um Todo Poderoso



No meio de centenas, ou até milhares de dezenas,

Mas sempre tão só, sempre sozinho no meio do pó!

Rebolo e enrolo, grito e choro, corro e salto

Nesta vida de sucessivas quedas no asfalto.

Levanto-me orgulhoso mas refugia-se um medroso.


Vejo o vendedor, sem falar ele pede-me por favor!

Vejo o pedinte, só o seu olhar me faz em vinte!

Olho as pessoas com olhar desconfiado...

Será que elas olham?Porque me sinto ignorado?


A vida é tão bela mas apenas comparável com uma vela

Que vagueia por entre o vento, sacudida para fora e para dentro.

A vida é fascinante, transborda de alegria derrompante

Que nos fere nos sentimentos de forma incessante

A vida é a alegria do terror, do medo e da dor.


A vida é outono, primavera e inverno

Outono onde tudo cai, tudo fica e tudo vai.

Primavera...bem, isso já se espera...

Inverno quando chove, céu brilha e depois morre.


Sábado magnifico... domingo desgraçado

A amizade que fica, o amor que se vai.

A semana que se espera, revolta-se em fera,

Como a melga que nos pica, ou a moeda que nos cai.

Levantas-te a seguir e reparas que não a deixas-te cair,

Apenas ficas-te sozinho naquele momento,

Só e pensativo em busca do acolhimento.


És chato(a)!Sabias?Mas sem ti não passava meus dias.

Prefiro companhia, doque passar assim o dia.

Não é a desejada pelo interior, mas ajuda a passar a dor.

Não que queira te dizer o que és tu e o que tens de fazer,

Mas prefiro sempre um amigo, que não ter ninguém comigo.


A ajuda interior reflecte-se no seu exterior...

A crueldade da vida já tem forma predefinida,

Não caias por sua causa, pensa, faz uma pausa,

Procura bem no fundo, estica-te, puxa-a para o mundo.

Nós lá estaremos, somos nós que te seguraremos.

Não penses em solidão, estamos cá, somos um irmão!

Não ligues a vozes alheias, luta, da-lhes umas tareias!

Se não és capaz, telefona vai lá o rapaz!


Sejam o que são, não mudem só para lhes esticarem a mão.

Mostrem o que são, não se escondam de um irmão.


Pois a alegria de viver, reside no plural do nosso ser.

Monday, November 13, 2006


Não sei se compreendo,

Não sei se entendo.

Faço o que faço

Mas no fim dói.

Estou sozinho

No meio de tantos.

Tantos estão sozinhos!

Tantos me fazem sentir.

Poucos o merecem,

Mas por poucos eu faço.

Faço sem olhar para traz

Sem olhar para traz eu salto.

Salto, e saltando eu sou feliz.